Pés no chão! Bandeirante toma empate doloroso no final em Tanabi!

As vezes, nem tudo sai como o planejado. Um milésimo de falta de concentração que pode fazer diferença num jogo ou num resultado que lá na frente pode resultar em algo não muito bom pro Bandeirante. E olha que nem perdemos o jogo e merecíamos ganhar, mas a maneira em que tomamos o empate em Tanabi já era anunciada nos jogos anteriores (principalmente por mim aqui nesse site) não pode acontecer de novo. Principalmente nas fases mais agudas que agora é só apenas três mata-matas para escapar desse martírio que é a Bezinha. 

Para esse jogo no Estádio Alberto Victolo, o técnico André Alves fez apenas uma mexida no onze inicial. Entrou Thiago Rubim no lugar de Mendes. No primeiro tempo, tivemos o Bandeirante dominando as ações com alguns bate-rebates e algumas chances perigosas do Índio, porém com o BEC sendo mais agressivo que o time da casa. Danillo Romão foi muito participativo pela esquerda junto com o Gabriel Rapchan no primeiro tempo enquanto que lá atrás o goleirão Barbato segurava a casinha que teve no primeiro tempo uns erros que a defesa ainda não tinha cometido nesse campeonato (e lá na frente iria custar a vitória).

No entanto, no último lance do primeiro tempo, um lançamento na área do Tanabi fez com que a defesa mandante se complicasse na hora de tirar a bola dali, a bola então sobrou pro Rapchan soltar uma porrada reta sem chances de defesa do goleiro alviverde. Pra coroar o então bom primeiro tempo do camisa 5 do BEC e coroar o bom primeiro tempo do Bandeirante.

O segundo tempo até que começou da forma que terminou o primeiro, com o Leão partindo pra cima do Índio da Noroeste. Logo na segunda volta do relógio, aconteceu uma das especialidades do Bandeirante esse ano: gol no início pra desestabilizar adversário. Como o grande Carlos Alberto Teixeira na narração da TV/Rádio BEC premonizou, cruzamento colocado de Danilinho pra Gabriel Bahia testar pro fundo da rede do goleiro do Tanabi que até quase tentou defender a bola mas já tava lá dentro a redonda. 2 a 0 e até então Bandeirante caminhando tranquilamente pra quinta vitória seguida em cinco jogos.

Logo a partir desse segundo gol o Bandeirante voltou a ter aquela displicência que teve nos dois últimos jogos. Começou a perder gol de tudo qualquer jeito, faltou mais concentração e competência na hora de finalizar. André Alves já tinha botado o Claudevan, botou Luciano Vovô (no lugar do Léo Cruz), Agnaldo (no lugar de um cansado Thiago Rubim), Jean Brasília (no lugar de Tatá) e Flávio (no lugar de João Vitor). Tudo isso num intervalo de 5 a 10 minutos. O Bandeirante não mudou a sua postura até a parte final do jogo quando começou a administrar o jogo.

Mas lá pros 37 pra 38 do segundo tempo, o Tanabi ensaiou uma pressão no desespero que fez com que o Bandeirante jogasse no contra-ataque. O BEC conseguia tocar na bola mesmo com essa pressão porém quando pegava, ou chutava a bola pra frente ou saía com a bola com um pouco de cuidado excessivo e o Tanabi só na intensidade pra roubar a bola. No minuto 44, Agnaldo fez uma grande jogada e Flávio teve a chance de fazer o terceiro gol e matar o jogo, mas demorou demais pra finalizar ao tentar sair da marcação rival e chutou a bola no pé da trave (a segunda do Leão nesse tempo, já tinha tido outra chance que bateu no poste). 

Quando parecia que o Bandeirante tava segurando as investidas do Índio da Noroeste e que o jogo tava se encaminhando pro final, uma indecisão e falta de concentração incrível da zaga deixou a bola livre pra Rafael Messinho diminuir o marcador aos 45 minutos, no tempo limite sem ainda os acréscimos. O gol animou o time da casa que foi mais e mais pra frente e a defesa bandeirantina parecia que ainda não tinha assimilado o golpe que tomou quando dois minutos depois, o mesmo Flávio que tinha mandado a bola na trave minutos antes cometeu uma falta boba que poderia ser perigosa na nossa área. Era a última jogada da partida.

O jogador alviverde Matheus cruzou na área, a bola passa por quase todo mundo exceto o zagueiro alto Sergipe que cabeceou sozinho, sem marcação nenhuma, com Barbato que estava bem na partida chegando atrasado e empatou o jogo no último suspiro de cada um naquele estádio de Tanabi. Um gol que doeu muito não só na minha alma, mas na alma de cada jogador e torcedor do Bandeirante. Aqueles quatro minutos de relaxamento e desatenção junto com as inúmeras chances perdidas custaram dois pontos preciosos que impediram com que o BEC tivesse ainda com cem por cento de aproveitamento no campeonato. Como diz o grande filósofo Muricy Ramalho: "A bola pune".

Após esse gol, o juiz terminou o jogo e ficou um misto de decepção com contentamento. Porquê apesar da maneira feia em que tomamos o empate, o resultado em si não foi ruim pro Bandeirante. Por mais que perdemos os cem por cento, ainda somos líderes no geral porquê o São José folgou nessa rodada. Mas agora é a Francana que persegue a gente com os mesmos 13 pontos mas com um gol a menos que o Leão da Noroeste. 

Domingo o Bandeirante tem que vencer de qualquer jeito o confronto direto contra o Andradina na Pedronera pra carimbar de vez e garantir matematicamente a sua classificação como também ficar muito perto de garantir o primeiro lugar do grupo. Um tropeço pode complicar a situação do Bandeirante tanto no grupo quanto no geral, afinal erros como os de hoje em Tanabi de maneira nenhuma podem acontecer mais daqui pra frente. 

A Pedronera nos espera, nada de pânico e muito pé no chão até domingo. 

Pra cima deles Leão! Reage Bandeirante!

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