Dossiê Paulistão de 1987: a primeira vez que o Leão da Noroeste esteve frente a frente com os grandes de São Paulo e do Brasil


1987, o ano em que a cidade de Birigui entrou para os holofotes de São Paulo e do Brasil. Pela primeira vez, o Bandeirante jogava a primeira divisão do Campeonato Paulista de Futebol. E para falta de sorte minha e de um monte de bandeirantino da minha idade, não conseguimos ver o Leão da Noroeste jogando contra os grandes de São Paulo e do Brasil pelo menos uma vez na vida. Só a nossa geração anterior conseguiu essa façanha. 

Mas para amenizar isso, aqui está um dossiê daquele campeonato com a campanha do Bandeirante e algumas coisas a mais que aconteceram nesse ano histórico que infelizmente terminou da pior maneira possível: com o rebaixamento de volta a segunda divisão e ainda como lanterna da competição e pior campanha em todos os quesitos. Mas que não deixou de ser uma campanha inesquecível.

- O regulamento: 

O Campeonato Paulista da Primeira Divisão de Futebol Profissional de 1987 foi disputado por 20 equipes divididas em dois turnos de 19 rodadas cada um. Os quatro melhores no geral se classificaram para a semifinal onde seriam jogados dois jogos de ida e volta. Os classificados jogariam a final em ida e volta também. O ganhador seria o campeão e os dois piores na classificação geral seriam rebaixados para a Segunda Divisão de 1988.

- Os principais times da competição: 

1. São Paulo: Atual campeão brasileiro, o São Paulo manteve grande parte da base que foi campeã naquela épica final nacional contra o Guarani. O técnico Pepe se segurou enquanto pôde, mas pediu o boné e após uma passagem interina de José Carlos Serrão, Cilinho assumiu o time até o título paulista daquele ano. Mesmo com a perda de Careca que foi para o Napoli no meio do campeonato, o Tricolor seguia com Müller, Silas, Pita, Oscar, Darío Pereyra, Gilmar Rinaldi entre outros. Contratou o meia Lê (campeão paulista em 1986 com a Internacional de Limeira) e Neto (sim, o Craque Neto que vinha de uma passagem nebulosa no Palmeiras).

2. Corinthians: O Timão começou muito mal o campeonato daquele ano, inclusive brigando com o Bandeirante por um turno inteiro para não cair no Paulistão. Mas os comandados pelo técnico Formiga, reagiram no segundo turno fazendo uma campanha espetacular no segundo turno e conseguiram chegar a decisão, na qual perderam para o São Paulo. Dentre os jogadores que estiveram naquele ano, cito Valdir Peres que já não era o mesmo de antes, o lateral-direito Edson Boaro, o zagueiro Wilson Mano, o folclórico meia Biro-Biro e o atacante Edmar que chegaria no meio do campeonato (esses três últimos fariam parte da espinha dorsal que daria o título estadual no ano seguinte).

3. Palmeiras: Após o traumático vice no ano anterior para a Internacional de Limeira, o Palmeiras mais uma vez seguia na busca para quebrar o jejum de títulos que não acontecia desde o Paulista de 1976. O técnico Carbone não ficou muito tempo no cargo e foi substituído por Valdemar Carabina, cujo conseguiu arrumar o time e avançou no campeonato até as semifinais aonde cairia para o São Paulo com direito a um frango histórico de Zetti após uma falta batida por Neto no jogo da volta. Falando em Zetti, ele fez sua primeira temporada no Palestra substituindo Martorelli e o time ainda tinha a participação de Gerson Caçapa, Edu Manga, Carlos Alberto, Toninho Cecílio e o atacante Bizu (aquele ex-Náutico).

4. Santos: O Peixe foi o time que mais gastou em reforços para esse Paulistão (17,5 milhões de Cruzados) e na primeira fase, até conseguiu provar o valor desse gasto fazendo a melhor campanha no geral, mas tudo ruiu abaixo na semifinal onde foi eliminado pelo Corinthians que vinha embalado pela recuperação no segundo turno graças a uma goleada esmagadora por 5 a 1 no jogo de ida. Tinha uma base formada por bons jogadores liderados pelo técnico Formiga e que depois assumiu Candinho. O goleiro uruguaio Rodolfo Rodríguez seguia sendo a grande muralha santista e ajudou a trazer seu companheiro de Nacional, Hugo de León para ajudar na volância junto com um jovem talento que estava começando na Vila, César Sampaio. Além disso, o Peixe apostou muito no grande Éder Aleixo, mas que pouco jogou na Baixada Santista.

5. Portuguesa: Você que é do tempo atual e vê que a Portuguesa está no limbo e sem divisão nacional, não percebe o quanto esse time era poderoso entre as décadas de 70 e 90. E nos anos 80 foi talvez a grande era dourada da Lusa. Vice-campeã em 1985, a Portuguesa batia de frente com qualquer time do estado e do Brasil mas naquele ano, ficou muito perto da classificação para as semifinais (sexto lugar, a 3 pontos na classificação geral). O técnico Renê Simões comandou o time por grande parte desse campeonato e contava com os nomes de Edu Marangon, Jorginho, Luís Müller, Esquerdinha e o interminável Cláudio Adão.

6: Internacional de Limeira: Detentora do título de 1986, a Internacional de Limeira ainda completou seu melhor ano na sua história com uma grande campanha no Campeonato Brasileiro e chegando até as oitavas de final aonde cairia para o campeão São Paulo do técnico Pepe que meses antes levantou o caneco estadual com o Leão da Paulista. No entanto, o desmanche foi inevitável. Os meias João Luís, Juarez e Lê, além do artilheiro Kita, acabaram deixando o clube após o título estadual. Para repor, contrataram o goleiro Solito Alves (ex-Ponte), o ponta Odair e o atacante Albeneir junto com a base campeã que tinha Silas, Pecos, Bolivar, Manguinha, Gilberto Costa e Tato. No final, a Internacional acabou também batendo na trave e ficando com a quinta colocação no geral (empatado em pontos com o Corinthians, mas sendo eliminado no saldo de gols).

7. Guarani: O vice-campeão brasileiro teve que pagar o preço do sucesso meses antes, perdeu um monte de jogador para a seleção brasileira devido ao Pré-Olímpico de Seul/88 e o time do técnico Carlos Gainete não conseguiu fazer uma grande campanha no geral do Paulistão (acabou terminando na décima segunda colocação). Mas mesmo assim, tinha um time forte com Sérgio Neri, Tosin, Ricardo Rocha, Marco Antônio, Evair, Chiquinho Carioca, João Paulo e Marco Antônio Boiadeiro.

8. Ponte Preta: Após a grande campanha no Brasileirão de 1981 (onde chegou até a semifinal) e os três vices em cinco Paulistões pra Corinthians e São Paulo, a Macaca entrou em decadência nos anos seguintes. Só que essa decadência foi acentuada em 1987, quando conseguiu a façanha de ser rebaixada na classificação geral e até apelou junto com o Bandeirante para participar do Paulistão de 1988 (essa história será contada numa outra ocasião). A temporada começou com Cilinho de técnico (que inclusive recusou a seleção olímpica para treinar a Macaca), mas logo depois ele acabou rumando para o São Paulo e o então principiante técnico Nelsinho Baptista não pôde fazer muita coisa para evitar o descenso da Ponte. O goleiro Barbirotto foi contratado e juntado com promessas como o zagueiro André Cruz e o atacante Paulo Sérgio.

9. Botafogo de Ribeirão: O Pantera da Mogiana foi um dos times do Interior que mais gastou em contratações (1,9 milhões de cruzados). Começou disparando no campeonato, assumiu por algumas rodadas a liderança geral, mas no final acabaria fora da classificação para as semifinais na sétima colocação. De contratações, veio o atacante uruguaio Armando Ghironi, Vílson Tadei, o meia Camargo, os defensores Amauri, Leiz e Marquinhos Capixaba. Do ano anterior, ainda tem uma jovem promessa que futuramente faria história no futebol brasileiro e mundial após a ida no mesmo ano para o São Paulo, Raí.

10. Santo André: Após três anos fora do Ramalhão, o técnico Jair Picerni estava de volta ao banco de time andreense. Picerni levou o Santo André até a terceira fase do Brasileirão de 1984 e o time do ABC foi a grande revelação do torneio. A grande atração desse time era a defesa de respeito comandada pelo experiente zagueiro Luís Pereira e o lateral Wladimir (ex-Corinthians). Ainda também contratou o volante Humberto (ex-Santos e Bahia).

11. Noroeste: Após subir junto com o Bandeirante em 1986, o Norusca para não correr outro risco de rebaixamento (já que tinha tido três rebaixamentos em cinco anos e inclusive foi chamado por muito tempo nessa época de time iô-iô), investiu pesado e trouxe grandes reforços para fugir da fase ruim dos anos anteriores. Os reforços acabaram dando muito certo e o Noroeste fez um primeiro turno muito bom, com direito a até um famoso baile em cima do Santos em Bauru (3 a 1). Já no segundo turno, o time comandado por Varlei de Carvalho perdeu o gás e terminou em 11o lugar no geral. Até hoje, o elenco de Ewerton, Vitor Hugo, Jacenir, Márcio Araújo, Vadinho, Rodinaldo, Baroninho e Chico Spina é visto em Bauru como o melhor da história que o Norusca teve. 

12. XV de Piracicaba/XV de Jaú/América/Novorizontino: O Nhô Quim apostava em Sidmar no gol e  Paulinho Massariol como grande esperança do ataque quinzista de Piracicaba treinado pelo técnico Chicão (ex-jogador do São Paulo). Já em Jaú, a esperança era o ex-atacante do Galo, Paulo Isidoro. No América de Rio Preto, o goleiro Marola, o meia Roberto Cavalo e o ponta Pianelli (ex-São Paulo) vieram para ajudar o Rubro a se salvar do rebaixamento. E em Novo Horizonte, o novo projeto do usineiro Jorge Ismael de Biasi chegava ao seu segundo ano na elite com o experiente Urubatão (ex-Santos) de técnico. 

(Atenção, como são 20 times eu não vou lembrar de todo mundo. Quem quiser mais relatos, deixa um recado nas minhas redes sociais).
 
- O Bandeirante na Primeira Divisão. 

Campeão da Segunda Divisão naquele quadrangular com Noroeste, Esporte Clube São Bernardo e União Barbarense, o BEC já um mês depois desse feito (15/3) entrava em campo no Paulistão justamente num dos gramados onde jogou para subir para a elite, o Moisés Lucarelli em Campinas contra a Ponte Preta. O time em questão não tinha mudado quase nada, só contratado até então o goleiro Ivan (ex-Palmeiras) e o técnico Vicente Arenari (ex-Palmeiras e Santo André) logo após a saída de Dudu.

E logo na primeira rodada, o Bandeirante até conseguiu um bom resultado ao empatar a zero com a Macaca num jogo que ficou bem conhecido pelo dia em que o goleiro Moreira teve que pegar emprestado uma camisa de goleiro da Ponte Preta porquê o roupeiro só levou camisas brancas pra todos os jogadores. Na segunda rodada, viria um grande teste: Palmeiras na Pedronera. A cidade toda esperou por esse momento por anos (fazia inclusive mais de três décadas que o Palmeiras não jogava em Birigui) e isso até afetou um pouco o ambiente palestrino, do qual o técnico Carbone premeditava cautela ao seu time. O técnico Arenari antes do jogo liberou os jogadores da concentração e disse que jogaria do mesmo jeito que jogou contra a Ponte. Resultado, o Bandeirante conseguiu o seu primeiro ponto em casa ao empatar por 1 a 1 com gols de Paulo César para o BEC e Juninho para o Palmeiras.

A primeira derrota viria em São José do Rio Preto num dia em que se correu o risco de nem ter público devido a uma greve de bancos que paralisou a cidade. O Bandeirante no dia anterior fez um treino tranquilo, mas de nada adiantou pois o América venceu por 2 a 1 sendo que o segundo gol do Rubro aconteceu numa jogada bem duvidosa. Na rodada seguinte, o Bandeirante finalmente conquista a sua primeira vitória ao bater o Santo André de Luis Pereira (embora esse nem jogou contra o BEC) e Wladimir por 2 a 1 no Estádio Municipal Pedro Marin Berbel em Birigui. 

Porém, a partir do jogo seguinte a maré vira pelas bandas de La Pedronera. O Leão da Noroeste empata com o Mogi Mirim fora de casa por 1 a 1, perde o confronto entre os campeões da primeira e da segunda divisão de 1986 contra a Internacional de Limeira no Pedro Marin Berbel por 1 a 0 (o que já aumenta a pressão pela demissão de Vicente Arenari por apenas uma vitória em cinco jogos) e toma 3 a 0 do Santos na Vila Belmiro com um do atacante Chicão e dois gols do meia Osmarzinho. A partir daí, começa a fase que se arrastaria até o fim do campeonato com o rebaixamento declarado.

O drama continua após mais uma derrota por 3 a 0 para o Juventus da Mooca na Rua Javari e nesse momento, o BEC já flerta com a última colocação junto com o Corinthians e o Novorizontino (que tinha um jogo a menos). Antes do duelo contra o Guarani, se previa que se o Bandeirante perdesse para o Bugre, Arenari seria demitido. Mas a diretoria comandada pelo presidente Silvio Passarelli decidiu dar um voto de confiança para o ameaçado técnico. E o Leão da Noroeste empata com o time de Campinas por 1 a 1. 

Continuaria a pressão por mais uma rodada caso não ganhasse e eis que na partida seguinte contra a Ferroviária, o time do Bandeirante vence a Ferrinha na Pedronera por 2 a 1. Parecia que esse resultado daria uma sobrevida para o time bandeirantino e principalmente para Vicente Arenari. É, parecia...

Logo na décima primeira rodada, tem o confronto direto entre Corinthians e Bandeirante no Estádio do Pacaembu. O Bandeirante começa muito mal a partida, tomando 2 a 0 logo de cara com 20 minutos de jogo e gols de Índio (com uma falha grotesca do goleiro Ivan) e Everton. A coisa piora no segundo tempo, quando o Corinthians faz o terceiro gol com Everton que encobre com classe Ivan e parecia que o Bandeirante estava entregue, não sabia nem o que fazer e iria tomar goleada. 

Eis que aparece uma bonita jogada feita pelo Osni, ele briga com dois jogadores do Corinthians pela bola, aplica uma caneta em um deles, fica frente a frente com o goleiro e bate rasteiro no meio do gol pra fazer o gol de honra. O gol poderia dar um gás pra uma provável reação, mas após uma decisão juvenil de Edson Gaúcho que agarrou a bola dentro da área após um lançamento do corinthiano Jorginho, o juiz marcou pênalti. Índio foi lá e fez o quarto gol do Timão na partida. 

No finalzinho do jogo, mais um gol de consolação anotado por Osni numa boa jogada trabalhada por Rubem, Paulo César e o próprio Osni que chutou forte e o goleiro Carlos acabou aceitando. 4 a 2 que acabou piorando a situação do Leão da Noroeste e do técnico Arenari que a torcida já tinha perdido a paciência.

A derrota no Pacaembu poderia ter demitido Arenari, mas mais uma vez ele não tinha caído, a imprensa já dizia que ele cairia se o Bandeirante perdesse para a Portuguesa. O empate por 0 a 0 com a Lusa em Birigui foi a gota d'água para o técnico. Dois dias antes do duelo contra o Noroeste, Arenari pediu as contas e se dispensou do cargo. O BEC estava à deriva no Paulistão com 12 jogos disputados.

Quem assumiu interinamente o cargo foi o superintendente Jansen Napoleão Cícero, ex-jogador do Bandeirante que tinha aposentado faz uns anos. E não é que a decisão temporariamente acabou dando certo? O BEC acabou vencendo o Norusca na rodada seguinte por 2 a 1. Digo temporariamente, pois logo depois o Bandeirante acabaria perdendo mais uma para o XV de Jaú no Zezinho Magalhães em Jaú. Agora era três vitórias em treze partidas disputadas. 

Às vésperas da partida com o XV de Piracicaba em Piracicaba, finalmente tivemos notícias boas extracampo para o Leão da Noroeste. A diretoria contrata o técnico Nenê (ex-São Bento), o centravante Fernando Roberto que vinha do Vitória da Bahia e o ponta Nenê que chegava do Aquidauana do Mato Grosso do Sul. No entanto, o time perde mais uma partida ao tomar 3 a 1 do Nhô Quim no Barão de Serra Negra. De volta a Birigui, os dirigentes assumem que a fase do BEC é negra e a torcida já acredita que o rebaixamento seria inevitável. 

Para piorar, os novos reforços não puderam estrear logo de cara contra o São Bento em Birigui pois não estavam registrados na FPF. E na partida contra o Bentão, um empate sem gols já deixava a situação quase irreversível para o seguinte duelo contra o São Paulo no Morumbi. Se esperava que o fortíssimo São Paulo campeão brasileiro e futuro campeão paulista iria amassar o Bandeirante que estava mais combalido que paciente doente em cama de hospital. 

No entanto, aquele 20 de maio de 1987 ficaria na história com a grande vitória do Leão da Noroeste por 2 a 0 com gols de Osni e Zé Roberto (esse último um golaço encobrindo Gilmar Rinaldi). Um triunfo histórico que foi o ponto alto desta campanha que por mais que terminou com rebaixamento, o BEC deixou sua marca na história do Campeonato Paulista. Pelo menos por um dia, Birigui comemorou o gosto de ganhar de um time grande do estado, do futebol brasileiro e mundial.

A torcida se empolgou tanto com essa vitória no Morumbi que no jogo seguinte, promoveu uma caravana até Novo Horizonte para o confronto direto contra o Novorizontino. Mas eis que a empolgação acaba rápido demais, o Bandeirante perde por 2 a 1 para o Tigre do Vale que inclusive tinha dois jogos a menos. Detalhe que nesse jogo, o juiz Euclides Zampietti Fiore acaba expulsando alguns jogadores do Leão da Noroeste, até de forma tendenciosa. Tanto diretoria quanto torcida ficaram furiosas com a atuação desse árbitro. 

Mais uma vez o BEC entra em ladeira abaixo. Após perder para o Novorizontino, o Bandeirante perde para o Botafogo de Ribeirão em casa por 1 a 0, empata em casa com o Juventus da Mooca por 0 a 0 e toma 4 a 0 do Santo André no ABC (agora com Luis Pereira em campo). Em três meses, o time bandeirantino tinha apenas conquistado quatro triunfos, tinha demitido dois técnicos e tinha contratado 13 jogadores. E como os resultados não chegavam, os jogadores perdiam a paciência e o elenco já começava a se rachar mais uma vez entre os novos reforços e os jogadores que subiram da segunda pra primeira divisão no ano anterior. Nesse tempo, Nenê foi demitido, Jansen Napoleão Cícero assumiu por alguns jogos e o saudoso Lori Sandri assumiu a bucha antes da próxima partida.

Após mais um empate a zero contra o Guarani e outra derrota para o Mogi Mirim no Pedrão por 2 a 1, o BEC iria voltar a capital para enfrentar o Palmeiras. Antes do jogo, Lori Sandri dispensou cinco jogadores pois segundo o técnico, estavam fazendo corpo mole e panelinhas dentro do elenco. Porém nem Bandeirante e muito menos Palmeiras esperavam que uma chuva forte iria alagar o Parque Antártica e deixou o gramado inapropriado para jogar. Então, a FPF decidiu junto com o mandatário bandeirantino Silvio Passarelli e o palestino Nicola Racioppi que o jogo seria adiado para 1o de julho (o jogo era pra ter sido no dia 14 de junho). 

Porém, antes de continuarmos com os jogos, eu vou mostrar partes de uma conversa que eu tive sobre esse jogo com Fernando Galuppo, jornalista e historiador oficial do Palmeiras faz algum tempo (Está certo que foi uma pergunta minha num vídeo do Museu do Futebol no Youtube sobre a história do Palmeiras e a relação de herança da comunidade italiana com o futebol em São Paulo, mas é uma memória histórica pessoal e isso é importante mostrar. Inclusive o link do vídeo eu vou deixar abaixo da matéria junto com as fontes para fazer todo esse material). Galuppo disse nessa conversa que um dos primeiros jogos que ele viu de futebol e do Palmeiras foi esse duelo contra o Bandeirante na noite de 1o de julho de 1987.

"Eu tenho uma ligação com o Bandeirante que eu preciso contar e o Bruno vai gostar. Pouca gente sabe disso. Eu começo a ter memórias afetivas e de estádio presencialmente em 1987, que é o ano do acesso do Bandeirante de Birigui ou um dos acessos do time de Birigui. E um dos primeiros jogos que eu tenho memória afetiva é um Palmeiras e Bandeirante de Birigui, 2 a 0 pro Palmeiras, não fica bravo comigo Bruno... Foi no Palestra Itália num jogo a noite. Foi a estreia do lendário atacante Bizu no Palmeiras e a crônica então, só que assim... O Palmeiras fez 1 a 0, o primeiro gol ninguém sabe e nem tem registro de quem foi, modo de dizer. Mas sabe qual que era o debate no radinho eu voltando com o meu pai, meu saudoso e querido pai Francisco Galuppo lá com bagagem, a gente com o radinho pendurado no ônibus daquele jogo, era de que se o juiz iria dar o gol para o Bizu ou para o Almeida contra, que era um zagueiro do Bandeirante de Birigui cara. Isso ficou no meu imaginário, no meu coração enfim. Birigui, que tem uma tradição muito grande..."

O gol que Fernando Galuppo se referia, era mesmo o primeiro aonde antes do fim do primeiro tempo, o atacante Bizu avança na área bandeirantina, tenta chegar mas o zagueiro Almeida corta antes e faz gol contra, 1 a 0 Palmeiras. Já na parte final do segundo tempo, o atacante Mauro fecharia a conta ao fazer o segundo gol do Palestra, termina o jogo com mais uma vitória palestrina e o Bandeirante pela primeira vez assumia a lanterna do campeonato na colocação geral.

Após essa derrota contra o Palmeiras, continua a fase de resultados ruins. Depois de um empate por 1 a 1 contra o Santos na Pedronera, veio o duelo dos desesperados contra o XV de Piracicaba que também terminou em 1 a 1 com a torcida vaiando o time e um torcedor invadiu o gramado querendo agredir o juiz por causa pênalti reclamado pelo BEC cujo juiz não assinalou. Um dia antes do jogo contra o Noroeste, o centroavante Pedrinho abandonou o clube, só avisou o presidente Silvio Passarelli por meio de um bilhete e teve seu contrato suspenso. Sem um "9" oficial, o Leão da Noroeste acabou perdendo para o Norusca por 1 a 0 no Estádio Alfredo de Castilho em Bauru.

Um mês depois da histórica partida no Morumbi, Bandeirante e São Paulo se enfrentavam em Birigui e como o jogo foi marcado as 11 da manhã, a comissão são-paulina estava preocupada com o calor forte aqui da Região Noroeste. Mas dentro de campo o que a gente viu foi um time do São Paulo vencendo a partida por 1 a 0 e afundando ainda mais o Bandeirante na lanterna. Depois o BEC perderia mais uma para o Novorizontino com dois jogos a menos por 2 a 0, perderia para o Corinthians por 1 a 0 com gol de Eduardo Amorim.

Com a derrota em Limeira por 1 a 0 para a Internacional, o técnico Lori Sandri assume que jogou a toalha para a briga de sobrevivência no campeonato. Agora era hora de conseguir umas vitórias para amenizar a ferida do rebaixamento já assumido que até esse jogo já tinha tomado 40 gols na campanha inteira. Na partida seguinte, o BEC empata com o América de Rio Preto por 1 a 1 e o próprio Lori Sandri fala que o fantasma do rebaixamento tinha sido o maior obstáculo do time bandeirantino nas últimas partidas. 

No entanto, com a situação do rebaixamento já 90 por cento definida, o Bandeirante tem a sua melhor fase do campeonato. Vence a Ponte Preta que já estava brigando pra não cair naquele momento por 2 a 1, consegue uma grande vitória contra o Botafogo de Ribeirão por 2 a 0, aumenta a crise no Pantera da Mogiana e conseguiu um ânimo extra antes do jogo porquê a Internacional escalou o atacante Tato irregularmente em quatro jogos (um deles contra o Bandeirante) e poderia perder 15 pontos (infelizmente acabou dando em nada).

A melhor fase acaba com a derrota por 1 a 0 em Araraquara para a Ferroviária e no jogo seguinte contra o XV de Jaú em Birigui, mais uma derrota por 1 a 0 com um ingrediente a mais. Um gandula do Bandeirante chamado Carlos Eduardo Goiano da Silva impediu o segundo gol do XV de Jaú aos 48 do segundo tempo com uma cabeçada em cima da linha, sendo que já estava entregue o goleiro João Brigatti. O próprio gandula assume que não combinou nada com Brigatti e ainda explicou: “Pensei em evitar o gol e fui feliz. Se fosse preciso, eu derrubaria o atacante adversário para ajudar meu time”.

Antes da partida contra o São Bento em Sorocaba, a Folha de São Paulo fez uma notícia sobre esse incidente do gandula e até entrevistou um goleiro rival do Bandeirante pra falar sobre isso. O goleiro rival em questão é Wilson, do Novorizontino.“É lógico que se eu estiver para tomar um gol, torço para o gandula tirar a bola. Se isso acontecer, vou até agradecer o garoto”, disse Wilson.

O presidente Silvio Passarelli declarou que não vai punir o goleiro Brigatti por um acordo que ele fez (só que acima fica provado que o gandula desmentiu que tinha acordo), além disso Passarelli alegou que aquele incidente foi uma "brincadeira do goleiro, mal interpretada pelo próprio gandula que acabou funcionando pois o gol foi evitado". O procurador Salim Atala (TJD-SP) disse que só puniria o Bandeirante se o XV de Jaú formalizasse um protesto na FPF. No entanto, ninguém do Galo da Comarca apareceu.

Por fim, a derrota na última rodada contra a Portuguesa por 1 a 0 fechou a campanha bandeirantina do Paulistão de 1987 com 23 pontos em 38 jogos (14 pontos no primeiro turno e 9 no segundo, uma vitória na época valia 2 pontos e um empate valia 1), 6 vitórias, 11 empates e 21 derrotas. 23 gols marcados e 47 sofridos, saldo de 24 negativo. 

- Tabela de jogos do Bandeirante:

Primeiro Turno

Ponte Preta 0-0 Bandeirante, Moisés Lucarelli (15/3) 

Bandeirante 1-1 Palmeiras, Pedro Marin Berbel (22/3)

América 2-1 Bandeirante, Mário Alves de Mendonça (29/3)

Bandeirante 1-0 Santo André, Pedro Marin Berbel (5/4)

Mogi Mirim 1-1 Bandeirante, Vail Chaves (Wilson Fernandes de Barros) (8/4)

Bandeirante 0-1 Internacional de Limeira, Pedro Marin Berbel (12/4)

Santos 3-0 Bandeirante, Vila Belmiro (15/4)

Juventus 3-0 Bandeirante, Rua Javari (18/4)

Bandeirante 1-1 Guarani, Pedro Marin Berbel (22/4)

Bandeirante 2-1 Ferroviária, Pedro Marin Berbel (26/4)

Corinthians 4-2 Bandeirante, Pacaembu (29/4)

Bandeirante 0-0 Portuguesa, Pedro Marin Berbel (3/5)

Bandeirante 2-1 Noroeste, Pedro Marin Berbel (6/5)

XV de Jaú 1-0 Bandeirante, Zezinho Magalhães (10/5)

XV de Piracicaba 3-1 Bandeirante, Barão de Serra Negra (13/5)

Bandeirante 0-0 São Bento, Pedro Marin Berbel (17/5)

São Paulo 0-2 Bandeirante, Morumbi (20/5)

Novorizontino 2-1 Bandeirante, Jorge Ismael de Biasi (24/5)

Bandeirante 0-1 Botafogo de Ribeirão, Pedro Marin Berbel (27/5)

Segundo Turno 

Bandeirante 0-0 Juventus, Pedro Marin Berbel (31/5)

Santo André 4-0 Bandeirante, Bruno José Daniel (3/6)

Guarani 0-0 Bandeirante, Brinco de Ouro (7/6)

Bandeirante 1-2 Mogi Mirim, Pedro Marin Berbel (10/6)

Palmeiras 2-0 Bandeirante, Parque Antártica (14/6, adiado para 1/7)

Bandeirante 1-1 Santos, Pedro Marin Berbel (17/6)

Bandeirante 1-1 XV de Piracicaba, Pedro Marin Berbel (21/6)

Noroeste 1-0 Bandeirante, Alfredo de Castilho (24/6)

Bandeirante 0-1 São Paulo, Pedro Marin Berbel (28/6)

Bandeirante 0-2 Novorizontino, Pedro Marin Berbel (5/7)

Bandeirante 0-1 Corinthians, Pedro Marin Berbel (8/7)

Internacional de Limeira 1-0 Bandeirante, Major José Levy Sobrinho (12/7)

Bandeirante 1-1 América, Pedro Marin Berbel (19/7)

Bandeirante 2-1 Ponte Preta, Pedro Marin Berbel (22/7)

Botafogo de Ribeirão 0-2 Bandeirante, Santa Cruz (26/7)

Ferroviária 1-0 Bandeirante, Fonte Luminosa (29/7)

Bandeirante 0-1 XV de Jaú, Pedro Marin Berbel (2/8)

São Bento 2-0 Bandeirante, Walter Ribeiro (5/8)

Portuguesa 1-0 Bandeirante, Canindé (8/8)


- Escalações dos Jogos 

Ponte Preta 0-0 Bandeirante, Moisés Lucarelli (15/3)

Moreira, Jorge, Almeida, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Valmir e Serrano. Brinda, Osni e Pedrinho. Vicente Arenari.

Bandeirante 1-1 Palmeiras, Pedro Marin Berbel (22/3)

Moreira, Jorge, Almeida, Edson Fumaça (Teffo) e Evandro. Paulo César, Valmir e Serrano. Brinda, Osni (Rubem) e Pedrinho. Vicente Arenari.

América 2-1 Bandeirante, Mário Alves de Mendonça (29/3)

Moreira, Jorge, Almeida, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Osni e Valmir. Brinda, Rubem e Pedrinho. Vicente Arenari.

Bandeirante 1-0 Santo André, Pedro Marin Berbel (5/4)

Moreira, Ismael, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Mário César e Serrano. Brinda, Rubem e Pedrinho. Vicente Arenari.

Mogi Mirim 1-1 Bandeirante, Vail Chaves (Wilson Fernandes de Barros) (8/4)

Moreira, Ismael, Almeida, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Zé Roberto e Serrano. Brinda, Rubem e Mário César (Valmir). Vicente Arenari.

Bandeirante 0-1 Internacional de Limeira, Pedro Marin Berbel (12/4)

Moreira, Ismael, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Mário César e Serrano. Brinda, Rubem e Souza. Vicente Arenari.

Santos 3-0 Bandeirante, Vila Belmiro (15/4)

Moreira, Ismael, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Mário César e Serrano. Brinda, Rubem e Pedrinho. Vicente Arenari.

Juventus 3-0 Bandeirante, Rua Javari (18/4)

Moreira, Ismael, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Serrano (Souza) e Mário César. Brinda, Osni e Pedrinho. Vicente Arenari.

Bandeirante 1-1 Guarani, Pedro Marin Berbel (22/4)

Moreira, Ismael, Almeida, Édson Fumaça e Evandro. Paulo César, Mário César e Serrano. Brinda, Rubem e Pedrinho. Vicente Arenari.

Bandeirante 2-1 Ferroviária, Pedro Marin Berbel (26/4)

Moreira, Ismael, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Osni e Mário César. Souza (Valmir), Rubem e Pedrinho. Vicente Arenari.

Corinthians 4-2 Bandeirante, Pacaembu (29/4)

Moreira, Jorge, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Osni e Mário César. Souza, Rubem e Pedrinho. Vicente Arenari.

Bandeirante 0-0 Portuguesa, Pedro Marin Berbel (3/5)

Ivan, Jorge, Teffo, Édson Fumaça e Carlos (Evandro). Paulo César, Mário César e Osni. Brinda, Rubem e Pedrinho. Vicente Arenari.

Bandeirante 2-1 Noroeste, Pedro Marin Berbel (6/5)

Ivan, Jorge, Teffo, Edson Fumaça e Carlos. Paulo César, Osni e Valmir. Brinda, Rubem e Pedrinho. Jansen Napoleão Cícero (interino).

XV de Jaú 1-0 Bandeirante, Zezinho Magalhães (10/5)

Ivan, Jorge, Teffo, Edson Fumaça e Carlos. Paulo César, Osni e Valmir. Brinda, Rubem e Pedrinho. Jansen Napoleão Cícero (interino).

XV de Piracicaba 3-1 Bandeirante, Barão de Serra Negra (13/5)

Ivan (Selmo), Jorge (Ismael), Edson Fumaça, Teffo e Carlos. Paulo César, Osni e Valmir. Brinda, Rubem e Pedrinho. Jansen Napoleão Cícero (interino).

Bandeirante 0-0 São Bento, Pedro Marin Berbel (17/5)

Ivan, Ismael, Teffo, Almeida e Campos. Paulo César, Osni e Valmir. Brinda, Rubem e Pedrinho. Jansen Napoleão Cícero (interino).

São Paulo 0-2 Bandeirante, Morumbi (20/5)

Ivan, Jorge, Teffo, Almeida e Fernando. Paulo César, Osni e Zé Roberto. Souza, Rubem e Pedrinho. Nenê.

Novorizontino 2-1 Bandeirante, Jorge Ismael de Biasi (24/5)

Ivan, Jorge, Almeida, Edson Fumaça e Evandro. Toninho Silva, Osni e Zé Roberto. Brinda, Rubem e Pedrinho. Nenê.

Bandeirante 0-1 Botafogo de Ribeirão, Pedro Marin Berbel (27/5)

Ivan, Jorge, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Osni e Zé Roberto. Souza, Fernando Roberto e Valmir. Nenê.

Bandeirante 0-0 Juventus, Pedro Marin Berbel (31/5)

Ivan, Quaresma (Paulinho), Edson Gaúcho, Edson Fumaça e Evandro. Toninho Silva, Valmir e Zé Roberto. Souza (Nenê), Rubem (Fernando Roberto) e Pedrinho. Jansen Napoleão Cícero (interino).

Santo André 4-0 Bandeirante, Bruno José Daniel (3/6)

Ivan, Quaresma (Paulinho), Edson Gaúcho, Edson Fumaça e Evandro (Carlos). Toninho Silva, Valmir e Zé Roberto. Souza, Rubem e Pedrinho (Nenê). Jansen Napoleão Cícero (interino).

Guarani 0-0 Bandeirante, Brinco de Ouro (7/6)

Ivan, Quaresma, Edson Gaúcho, Edson Fumaça e Evandro. Toninho Silva, Valmir e Zé Roberto. Souza, Rubem e Pedrinho. Lori Sandri.

Bandeirante 1-2 Mogi Mirim, Pedro Marin Berbel (10/6)

João Brigatti, Quaresma, Edson Gaúcho, Edson Fumaça e Paulinho. Almeida, Toninho Silva (Osni) e Zé Roberto. Brinda (Paulo César), Rubem e Pedrinho. Lori Sandri.

Palmeiras 2-0 Bandeirante, Parque Antártica (14/6)

João Brigatti, Quaresma, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Almeida, Osni e Mário César. Nenê, Serrano e Pedrinho (Toninho SIlva). Lori Sandri.

Bandeirante 1-1 Santos, Pedro Marin Berbel (17/6)

João Brigatti, Quaresma, Edson Fumaça e Paulinho. Almeida, Paulo César, Toninho Silva e Mário César. Valmir, Fernando Roberto e Pedrinho. Lori Sandri.

Bandeirante 1-1 XV de Piracicaba, Pedro Marin Berbel (21/6)

João Brigatti, Ismael, Edson Gaúcho, Edson Fumaça e Paulinho. Paulo César, Toninho Silva e Valmir, Brinda, Fernando Roberto e Pedrinho. Lori Sandri.

Noroeste 1-0 Bandeirante, Alfredo de Castilho (24/6)

João Brigatti, Quaresma, Edson Gaúcho, Edson Fumaça e Evandro. Almeida, Paulo César e Toninho Silva. Valmir, Fernando Roberto e Nenê. Lori Sandri.

Bandeirante 0-1 São Paulo, Pedro Marin Berbel (28/6)

João Brigatti, Quaresma, Edson Gaúcho, Edson Fumaça (Almeida) e Evandro. Paulo César, Toninho Silva e Osni. Nenê, Serrano e Mário César. Lori Sandri.

Bandeirante 0-2 Novorizontino, Pedro Marin Berbel (5/7)

João Brigatti, Quaresma, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Almeida, Paulo César e Osni. Nenê, Rubem e Serrano. Lori Sandri.

Bandeirante 0-1 Corinthians, Pedro Marin Berbel (8/7)

João Brigatti, Quaresma, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Almeida, Paulo César e Osni. Nenê, Rubem e Serrano. Lori Sandri.

Internacional de Limeira 1-0 Bandeirante, Major José Levy Sobrinho (12/7)

João Brigatti, Almeida (Carlos), Teffo, Edson Fumaça (Almeida) e Evandro. Paulo César, Mário César e Toninho Silva. Serrano, Rubem e Pedrinho. Lori Sandri.

Bandeirante 1-1 América, Pedro Marin Berbel (19/7)

João Brigatti, Carlos, Teffo, Edson Fumaça e Evandro. Paulo César, Valmir e Mário César e Toninho Silva. Nenê, Rubem e Vágner. Lori Sandri.

Bandeirante 2-1 Ponte Preta, Pedro Marin Berbel (22/7)

João Brigatti, Carlos, Teffo, Almeida e Evandro. Paulo César, Toninho Silva e Osni. Nenê, Rubem e Vágner (Valmir). Lori Sandri.

Botafogo de Ribeirão 0-2 Bandeirante, Santa Cruz (26/7)

João Brigatti, Carlos, Teffo, Almeida e Evandro. Paulo César, Valmir e Mário Cesar. Nenê, Rubem e Pedrinho. Lori Sandri.

Ferroviária 1-0 Bandeirante, Fonte Luminosa (29/7)

João Brigatti, Carlos, Teffo, Almeida e Evandro. Paulo César, Valmir e Mário Cesar. Nenê, Rubem e Pedrinho. Lori Sandri.

Bandeirante 0-1 XV de Jaú, Pedro Marin Berbel (2/8)

João Brigatti, Carlos, Teffo, Almeida e Evandro. Paulo César, Serrano (Vágner) e Mário Cesar. Valmir, Rubem e Pedrinho (Osni). Lori Sandri.

São Bento 2-0 Bandeirante, Walter Ribeiro (5/8)

João Brigatti, Carlos, Teffo, Almeida e Evandro. Paulo César, Valmir e Mário Cesar. Nenê, Rubem e Serrano. Lori Sandri.

Portuguesa 1-0 Bandeirante, Canindé (8/8)

João Brigatti, Carlos, Teffo, Almeida e Evandro. Paulo César, Valmir e Mário Cesar. Vágner, Rubem e Nenê. Lori Sandri.

 

Fontes para esse dossiê: 

- Acervo Folha: Acervo - Folha de São Paulo 

- Canal do YouTube do Museu do Futebol (entrevista do Fernando Galuppo): Futebol e o patrimônio histórico de SP | Módulo #3: Sociedade Esportiva Palmeiras - YouTube 

- Site oficial do São Paulo Futebol Clube: 30 anos da conquista do Paulistão de 1987 - SPFC (saopaulofc.net) 





Comentários

  1. Brunão o texto ficou show!!Adorei!!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

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  2. Vida longa ao crônicas bandeiratinas!!!!
    Extremamente agradável a leitura ,além de muito informativa e rica em detalhes, parabéns mesmo!

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  3. A cada dia fico mais fanático pelo bandeirantes E.C que em 2.023 completará 100 anos... Isso não é pra qualquer um.

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